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Desde que a palavra autismo passou a fazer parte de minha rotina (quando meu marido e outros familiares foram diagnosticados) me impressionou a imensa luta necessária para encontrar um profissional que não desvalorize, desrespeite e realmente esteja preparado pra ajudar de modo complexo os neurodivergentes.  E por isso fui atrás de especializações, capacitações e cursos com intenção de compreender a pessoa com TEA, com TDAH e também os Superdotados.

Atualmente a maioria dos meus pacientes na psicoterapia são pessoas autistas, TDAH e/ou Superdotados, sendo assim, escrevo este post com intenção de clarificar quais os principais pontos que uma pessoa neurodivergente deve ater-se quando busca ajuda de um psicólogo e como este profissional pode auxiliar de verdade essa pessoa a ter uma vida mais plena.

 

Qual a melhor terapia para pessoas autistas?

Há muitas pesquisas que buscam quais os tipos de psicoterapias tem maior sucesso nos tratamentos em autistas, e normalmente estas salientam que as melhores são a Análise do Comportamento Aplicada (ABA), as Terapias Cognitivas Comportamentais, associadas a Terapeutas Ocupacionais.  E sim, percebo que essas linhas terapêuticas costumam ter efeito positivo na população de modo geral. Contudo o mais importante no momento de escolher qual terapia será melhor para você, passa pela análise dos aspectos abaixo:

O psicólogo sabe o que é o autismos? Entende que o autismo, principalmente nas pessoas diagnosticadas tardiamente, se manifesta de modo diferente daquele antigamente conhecido como autismo clássico? Esse profissional sabe as particularidades do cérebro neurodivervente: suas necessidades e suas possibilidades?

Antes da linha terapêutica escolhida é essencial que o profissional não apenas compreenda como a pessoa autista sente, interpreta, se manifesta; mas principalmente que veja esse autista como um adulto capaz, inteligente e não o trate de modo infantilizado ou capacitista. Ou seja, evite aquele psicólogo que considera que todas as características autistas são apenas falhas e não consegue enxergar suas possibilidades. Ou que pensa que a pessoa atípica deve se moldar de modo a ser igual aos neurotipicos, dessa forma anulando quem se é.

E principalmente evite aquele psicólogo que negue o autismo do paciente. Alguns profissionais tem o costume de dizer que não devemos nos rotular, e isso é verdade para vários aspectos da vida. Conduto se o psicólogo ao atender Autistas/TDAH/Superdodatos fecha os olhos para as características neurotipicas dessas pessoas ele está impossibilitando o autoconhecimento desse paciente e o impedindo de fazer as adequações necessárias para resolver seus problemas.

Em resumo, ao buscar um psicólogo priorize como essa pessoa o faz se sentir. Em terapia, o autista deve se sentir ouvido e entendido. O psicólogo deve estar lá para auxiliar a pessoa a compreender seu funcionamento e criar estratégias para que esse modo de ser não cause mais tanto sofrimento, sempre respeitando as individualidades. E é importante que pelo menos algumas mudanças práticas em sua vida venham desde as primeiras semanas de terapia.

Como a psicoterapia pode ajudar o autista adulto?

A pessoa autista de diagnóstico tardio passou uma vida sem suporte e sem compreender suas características (veja o post sobre algumas características interessantes de autistas adultos, aqui.) Essa situação fez com que o TEA se moldasse ao mundo tentando agir como se é esperado do modo desse e o resultado costuma gerar ansiedades, medos, situações de bullyng, traumas e outros transtornos.

Assim a pessoa autista costuma ter duas demandas principais ao procurar atendimento psicológico: a primeira é devido suas características autisticas e a segunda é o resultado das dores diante da falta de conhecimento anterior do seu diagnóstico. Desse modo, além de todas as questões costumeiras que angustiam tanto pessoas típicas e como neurodivergentes, a pessoa autista ainda costuma ter as duas questões a cima.

Ou seja, psicoterapia é fundamental para o autista adulto porque ajuda a lidar com os desafios do transtorno e a melhorar a qualidade de vida. Listo abaixo alguns dos benefícios da psicoterapia em autista, e como esta pode ajudá-los:

  •  Autoconhecimento: saber suas potencialidades e quais as necessidades de adaptações ambientais.
  • Desenvolver habilidades sociais melhorando a compreensão das relações e comunicação, sem ser necessário mascarar.
  • Gerenciar o estresse e sobrecargas para diminuir as crises.
  • Identificar os gatilhos das crises e criar estratégias de como preveni-las e agir de modo mais adequado quando ocorrerem.
  • Criar estratégias para responder à mudanças repentinas, lidar com imprevisibilidades e particularidades.
  • Trabalhar a autonomia.
  • Inserir-se na comunidade e no mercado de trabalho, auxiliando em questões práticas do cotidiano.
  • Auxiliar na compreensão de como as pessoas típicas agem e o que esperam, para que assim o autista consiga também mostrar quem ele é para poder ser ouvido.
  • Ajudar a entender e lidar com os desafios individuais como sensibilidades, seletividades, inflexibilidades cognitivas…
  • Aprender a identificar e manifestar seus sentimentos.
  • Controle emocional em momentos de estresse.
  • Promover maior qualidade de vida.
  • Desenvolver a autoestima.
  • Enfrentar a procrastinação, impulsividades…
  • Explorar o hiperfoco de modo mais gratificante.
  • Auxiliar na buscar por objetivos e traçar metas para que estes sejam alcançados.
  • Além de trabalhar todas as outras questões surgidas pelo vida em si, como: ansiedades, depressão, medos, dificuldades em relacionamentos, lutos, abusos… (confira outros motivos por quais as pessoas costumam buscar ajudar, no post).

Trouxe algumas das demandas mais comuns, mas assim, como as pessoas são únicas há uma infinidade de situações que as levam aos consultórios de psicólogos. O importante é saber que não está sozinho, e que há profissionais capacitados para ajudá-lo.  Se você estiver em sofrimento, busque ajuda.

 

Caso precise, eu estou a disposição.

Abraços, Shana Giulian Conzatti.

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