fases de birra, fases de choro do bebê, por que o bebê fica irritado, como acalmar o bebê

Há períodos do desenvolvimento do bebê em que este altera seu comportamento ficando mais chorosos ou irritado, assim como sua rotina de sono. Esses são as chamadas crises do bebê, um marco natural do desenvolvimento infantil pelo qual a maioria dos bebês passará.

Muitas mães sente-se frustradas quando aquele bebê bonzinho começa a ficar choroso, ou mesmo passou a ter um sono inquieto ou já não se alimenta (mama) como antes. Mas saiba, que é um processo natural do crescimento de bebê que em seguida voltará ao normal.

Por isso trago, hoje, um resumo das quatro principais crises do bebê até 1 ano e algumas dicas de como torná-las mais tranquilas.

Confira também a terrível crise dos 2 anos do bebê, aqui.

 

As crises do bebê e como agir:

Primeira crise – aos 3 meses

Quando o bebê nasce ele não possui muita percepção do mundo ao seu redor, tendo um período simbiótico com a mãe, no qual ainda pensa estar dentro da barriga. Ou seja, ele chora por fome, sono e afeto (Veja porquê os bebês choram) de um modo mais instintivo até ir percebendo que é uma pessoa separada da mãe.

Isso ocorre por volta dos três meses de vida quando o bebê passa a olhar nos  olhos da mãe, a imitar seus gestos, a reclamar quando quer alguma coisa (leite ou que troquemos a fralda). Nesse momento o recém-nascido tende a ficar mais ansioso, tudo é novidade e motivo de agitação.

De um dia para o outro a criança, que parecia ótima, passa a não querer mais mamar, a chorar muito, não ter sono, ficar agitado em qualquer lugar, seja no berço ou no colo. Essa crise dura em torno de 15 dias.

Principais sinais das crises do  bebê de 3 meses:

  • Mudanças no comportamento e no sono: o bebê nessa fase tende a acordar mais vezes durante a noite, fato que muitas mães associam à mudança nas mamadas e entendem que é fome. Logo, quando a criança chora a mãe lhe oferece o peito, quando tenta largar a criança chora e os dois ficam num vai e vem, isso acontece porque o bebê mama mesmo sem fome, pois se sente seguro junto da mãe, como quando entendia que os dois eram um só.
  • Mudança nas mamadas: é comum a mãe sentir que o bebê não quer mais mamar e que seu seio já não é tão cheio como antes. Mas, o que acontece é que o bebê já consegue sugar melhor o peito e esvaziá-lo com mais rapidez, reduzindo o tempo das mamadas para 3 à 5 minutos. Além disso, o peito já não deixa mais tanto leite em estoque, produzindo no momento e de acordo com a demanda.

O que fazer: A primeira coisa a fazer é ter calma e muita paciência, aumentando o tempo de contato com o bebê. Dê muito colo ao bebê e aplique o método canguru, cante músicas, converse com seu bebê. Pois nesse período ele precisa sentir-se seguro, e não gerará mama.

 

Segunda crise – entre os 5 e 6 meses

Depois de alguns meses de tranquilidade, a segunda crise tende a aparecer. Esta costuma ser a junção de dois eventos: o início do nascimento dos dentes e o período em que a mãe se afasta (por voltar a trabalhar ou por tentar restabelecer sua rotina de antes do bebê).

Sinais de crise: Os sinais de crise são choro excessivo, alterações no sono e no humor, a criança não tem muito apetite e pode ficar mais carente e irritada pedindo colo tanto da mãe quando do pai.

O que fazer: Esse é o momento para a mãe dar espaço ao pai, avós e outras pessoas que estejam próximos ao bebê se tornarem mais presentes na rotina do bebê. E desse modo criar uma rede de apoio emocional para que esse bebezinho perceba que o mundo é mais do que sua mãe.

Para as crises do crescimento dos dentes, mordedores e pomadas (indicadas pelo pediatra) auxiliarão para amenizar a dor e assim a irritabilidade.

Apesar de ser um momento de crise, a entrada na escola/creche costuma ser mais rápida e fácil do que no período dos 8 e 9 meses (a nossa próxima crise). Sendo assim, prefira fazer adaptação escolar por volta dos cinco ou seis meses ou após os 10 meses de idade do seu bebê.

 

 

Terceira crise – 8 meses

Esta é a crise conhecida como a fase da angústia da separação, na qual o bebê começa a perceber as ausências da mãe e teme que esta não retornará.  Sendo marcado por uma fase em que o bebê tem medo ou chora diante de estranhos, e tende a querer estar sempre em contato visual com a mãe (poder vê-la, mesmo que esta esteja na cozinha e ele no carrinho).

Essa crise é a que dura mais tempo, cerca de 3 a 4 semanas.

Sinais de crises do bebê 8 e 9 meses:

  • O sono do bebê, principalmente o noturno é agitado. Ele pode acordar muitas vezes durante a noite, assustado e com choro intenso. E quando o choro começa, às vezes, ele só para com a chegada da mãe mesmo.
  • Os outros sinais incluem agitação e perda da vontade de se alimentar, sendo mais intensos do que nas outras crises

O que fazer:  Evite a troca de cuidadores, se houver, e durante a crise console o bebê sempre! Se possível, mantenha o bebê mais perto da mãe ou de quem o cuida, deixando-o em locais seguros que possa ver a movimentação da casa. Nesse período, a criança pode se apegar a algum objeto (como um paninho, ursinho ou chupeta). O que chamamos de Objeto de transição que é uma espécie de substituto emocional da mãe, algo que o fará se sentir mais seguro quando está sozinho.

Esse objeto de transição é escolhido naturalmente pelo bebê, nem todos terão. Um forma de ajudar nesse momento é ofertar brinquedos fofinhos ou paninhos que tenham o cheiro da mãe (ou seja objetos que ficaram juntamente com esta no momento da amamentação). Assim quando a mãe se afastar, o bebê terá a impressão de que a mãe ainda está ali por causa do cheiro presente.

 

Quarta crise – 1 ano 

Nesta fase a criança já está mais independente, quer andar sozinha, mexer em tudo, só que ela ainda não consegue fazer o que quer e precisa de colo. Por causa dessa “independência frustrada” pode-se dar início a uma crise.

Sinais de crise: irritação e choro, especialmente quando a criança quer alcançar um objeto ou se deslocar para algum lugar e não consegue. É também comum que o bebê não queira comer e não consiga dormir direito.

O que fazer: estimule a criança a se movimentar mais e ter contato com objetos novos trazendo brinquedos divertidos e propondo brincadeiras. Aos poucos, com o desenvolvimento da criança, essa fase tende a cessar. Tenha o cuidado de manter o espaço seguro para seu bebê (veja algumas dicas, aqui).

 

Esses momentos de crises do bebê são um desafio, mas o importante é saber que estas passam. E seu bebê não está chorando e dormindo pouco por algo errado que você tenha feito. Você é uma ótima mãe!

Conte-me que estratégias tem te ajudado a passar pelas crises do seu pequeno, vamos ajudar outras mães.

Uma boa maternidade para você,

Abraços, Shana Conzatti.

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